Em tempos de polarização política, o papel do advogado torna-se ainda mais desafiador: ele precisa atuar como um verdadeiro defensor da justiça, mantendo sua análise técnica, seu compromisso com a lei e sua coerência profissional.
A democracia garante a liberdade de expressão e de pensamento, mas o advogado deve lembrar que seu ofício exige uma postura imparcial, guiada pelos princípios jurídicos e pela defesa do estado de direito.
Quando as paixões políticas ameaçam obscurecer a razão, é a coerência com a justiça e a fidelidade à correta interpretação da lei que devem prevalecer.
O cenário político brasileiro é historicamente conturbado e marcado por divisões ideológicas entre direita e esquerda, conservadores e progressistas.
Enquanto tivermos o privilégio da democracia, tais divergências serão naturais e inevitáveis.
Nesse cenário, o advogado desempenha um papel que transcende a atuação técnica e específica nos processos, e acaba desempenhando uma função social de influência no debate público, abordando temas sensíveis.
Sendo o direito uma ciência social, é natural que o advogado esteja constantemente antenado no que ocorre à sua volta no cenário político/social.
Ter uma posição sobre temas variados, principalmente quando atinente à sua área de atuação, não é incomum e pode inclusive lhe conferir credibilidade.
Juntando esses dois mundos, quais sejam:
a polarização política que envolve o país, as contradições jurídicas que hora ou outra se apresentam, com a competência técnica do advogado, é natural que o profissional se posicione a respeito do que se apresenta a ele no cenário político.
E é nesse contexto que se insere o ponto nevrálgico do tema proposto:
O compromisso e coerência do advogado com a lei.
A democracia permite que cada indivíduo adote a ideologia partidária que lhe convém, contudo, essa liberdade não se sobrepõe à responsabilidade profissional do advogado: seu compromisso fundamental deve ser com a lei.
As paixões políticas características do momento que vivenciamos lança ao advogado o desafio da coerência com seus princípios profissionais.
As leis ditam os caminhos que o indivíduo e a coletividade devem caminhar e o advogado é o defensor delas, um administrador da justiça.
Por vezes, há pequenas brechas por onde podem passar incoerências.
O manuseio interpretativo das leis, podem ser impulsionados por conveniências político/ideológicas.
Encaixar certo entendimento para uma parte, mas para outra nem tanto; fechar os olhos para ilegalidades em determinado momento, mas para outras a histeria, a irritação, a inconformidade, a denunciação.
Ainda que todo advogado tenha o direito de se posicionar politicamente como cidadão, esse posicionamento não pode comprometer sua imparcialidade e compromisso com a justiça, independente das convicções pessoais.
O profissional do Direito deve manter a coerência em suas análises, evitando aplicações seletivas da lei e julgamentos tendenciosos.
Como um técnico das leis e um conhecedor do cenário social, a coerência e o comprometimento com as normas, devem servir como balizador de suas condutas, não só pelo bem do seu próprio caráter profissional, mas pelo bem da administração da justiça.
A polarização política é passageira; ideologias e partidos mudam com o tempo.
No entanto, as leis precisam de defensores comprometidos com sua correta aplicação em prol da coletividade.
A verdadeira seriedade profissional está em permanecer fiel ao Direito, independentemente das conveniências políticas de momento.
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